Informações à Imprensa: Assessoria de Comunicação do Detran|ES   Rhayan Esteves / Fabricia Borges / Zu Coelho 

Força pela Vida: Fiscalização integrada de motocicletas em 11 munícipios flagra 896 infrações de trânsito

Condutores de motocicletas dirigindo sem ter habilitação, com calçado inadequado, capacete mal ajustado, sem equipamentos obrigatórios, com veículos em mau estado de conservação, com licenciamento vencido, e ainda com escapamento irregular produzindo ruído que perturba o sossego público. Essas e outras infrações de trânsito relacionadas a motocicletas foram o foco da Operação “Cavalo de Aço”, que abordou 1.729 condutores na tarde dessa quinta-feira (28) em vias de 11 municípios da Grande Vitória e do interior do Estado.

A operação integrada coordenada pelo Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES), envolvendo vários órgãos relacionados ao trânsito, à segurança pública e à saúde, faz parte das ações do programa Força Pela Vida e do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), que prevê ações voltadas para reduzir o índice de mortes no trânsito.

Os agentes de todos os órgãos envolvidos atuaram em pontos de abordagem em Vitória, Vila Velha, Cariacica, Viana, Serra, Guarapari, Itapemirim, Marataízes, Baixo Guandu, Linhares e Anchieta. Durante a operação, as equipes de fiscalização registraram 896 infrações de trânsito por condutas vedadas pela legislação de trânsito e 49 veículos foram removidos.

O gerente de Fiscalização de Trânsito do Detran|ES, Jederson Lobato, destacou o foco dessa fiscalização em motociclistas. “É uma ação em onze municípios diferentes, com proporção no Estado e com foco em motocicletas, porque mais da metade dos óbitos no trânsito envolvem justamente esse público, o motociclista. A intenção das operações é identificar condutas que contribuem para esse número, como, por exemplo, andar sem capacete ou com capacete inadequado, de chinelo, com a moto em mau estado de conservação (pneu careca) e muitos condutores inabilitados costumam ser abordados nesse tipo de fiscalização. Então, esse é o foco. Proteger a vida e levar segurança para o cidadão capixaba”, disse Lobato.

Ele reforçou ainda a importância da integração dos órgãos que compõem o programa “Força pela Vida”. “Essa operação faz parte das ações Pnatrans, que é um plano nacional de redução de mortes e lesões do trânsito. Então, a realização de ações integradas é uma das formas estabelecidas em nível nacional para reduzir as mortes do trânsito. O cidadão quando passa e vê todas as forças unidas identifica essa integração, todos trabalhando juntos para a segurança viária. Essa é a mensagem que a gente quer transmitir com a operação", completou.

O tenente-coronel Leonardo Nunes Barreto, comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), também destacou a relevância das operações integradas na busca pela pacificação no trânsito, mas reforçou a importância de um comportamento consciente por parte do condutor, principalmente os motociclistas. “As operações integradas fazem parte do nosso escopo estratégico para reduzir o número de sinistros. No entanto, sem a participação consciente dos condutores não conseguiremos alcançar nosso principal objetivo, que é salvar vidas”, afirmou o comandante.

O titular da Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (DDT), delegado Maurício Gonçalves da Rocha, reforçou a importância da continuidade das operações que integram o programa “Força pela Vida”. "Nosso objetivo é combater as infrações e condutas irregulares que colocam em risco a segurança nas vias. Sabemos que as motocicletas são frequentemente envolvidas em acidentes graves, e, por isso, estamos intensificando a abordagem, a fim de identificar veículos irregulares, condutores sem habilitação, além de coibir o uso de equipamentos de segurança inadequados”, frisou o delegado.

“A operação também visa garantir que os motociclistas respeitem as leis de trânsito, promovendo um trânsito mais seguro para todos. Reforçamos que as ações continuarão e contamos com a colaboração da população para reduzir os índices de acidentes e promover a responsabilidade no trânsito", completou Rocha.

O perito oficial-geral da Polícia Científica, Carlos Alberto Dal-Cin, explicou que durante a operação podem ser identificadas possíveis adulterações nos veículos e, nesse cenário, os peritos da Polícia Científica estiveram disponíveis na fiscalização para confirmar a infração e assegurar a responsabilização do condutor.

"O crime de adulteração veicular está frequentemente associado a outros delitos, como clonagem, furto e roubo. Além disso, veículos ilegais são potencialmente perigosos no trânsito, aumentando o risco de acidentes. Portanto, a atuação da Polícia Científica, integrada com as demais forças de segurança, visa a combater esses crimes, contribuindo dessa forma para a segurança no trânsito", detalhou o perito Dal-Cin.

Liliane dos Santos Guimarães utiliza a moto como veículo de trabalho durante as entregas por aplicativo. Vestida de rosa, ela foi parada na blitz e mostrou que, além de estilosa, anda regular com sua motocicleta. “Na hora que subo na moto, eu olho tudo: capacete, os pneus, se o farol está funcionando, para não dar nenhum problema. Gosto de estar sempre certinha. Nesses dois anos trabalhando, já sofri três acidentes, mas em todas as vezes eu estava andando certo. Meu recado para os motociclistas é: andem com cuidado, vocês têm alguém que ama vocês em casa”, alertou.

Integração

A operação “Cavalo de Aço” dessa quinta-feira (28) contou com a atuação de efetivos do Detran|ES, da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), por meio do Batalhão de Trânsito (BPTran), da 12ª Cia Independente (Jardim Camburi/Jardim da Penha), da 11ª Cia Independente (Viana), 10ª Cia Independente de Anchieta, do 10º Batalhão da Polícia Militar (Guarapari); do 8º Batalhão da Polícia Militar (Baixo Guandu); da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Delegacia de Delitos de Trânsito (DDT) e da Delegacia de Linhares; do Grupo Tático Operacional da Guarda Municipal de Vitória – GTO.

Também contou com a atuação da Guarda Municipal de Vila Velha – GMVV; da Guarda Civil Municipal de Viana – GCMV; da Guarda Civil Municipal e Agentes de Trânsito de Linhares; da Guarda Civil Municipal e Agentes de Trânsito de Cariacica; Guarda Civil Municipal de Marataízes; da Guarda Civil Municipal de Itapemirim; da Guarda Civil Municipal de Anchieta; de agentes de Trânsito de Baixo Guandu; da Diretoria de Operações de Trânsito – DOT (agentes de trânsito) de Serra. da Polícia Rodoviária Federal (PRF); do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Espírito Santo (Ipem-ES); do Corpo de Bombeiros Militares do Espírito Santo (CBMES); da Secretaria de Estado de Saúde com o SAMU e da PCI - Polícia Científica.

Dados completos da Operação “Cavalo de Aço” dessa quinta-feira (28/11):

- Veículos abordados: 1.729 (1.710 motos e 19 carros)

- Autos de infração confeccionados: 896

- Veículos removidos: 49

Principais infrações

- Conduzir o veículo que não esteja registrado e devidamente licenciado – 411

- Dirigir veículo sem ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH), PPPD ou ACC - 34

- Conduzir o veículo em mau estado de conservação, comprometendo a segurança - 31

- Dirigir o veículo usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais – 25

- Dirigir veículo com validade de CNH vencida há mais de 30 dias - 17

- Permitir posse e condução do veículo a pessoa sem CNH, PPD ou ACC – 14

- Conduzir o veículo com silenciador de motor de explosão defeituoso, deficiente ou inoperante - 05

Mortes no trânsito

O número de mortes no trânsito, em 2024, no Estado já superou em 20,8% o registrado no mesmo período de 2023. De janeiro a outubro deste ano, 820 pessoas perderam a vida em sinistros (acidentes) de trânsito no Estado, contra 679 pessoas que morreram nas vias capixabas no mesmo período de 2023.

Das vítimas fatais do trânsito no Estado, de janeiro a outubro de 2024, um total de 416 pessoas eram motociclistas, o que corresponde a 50,7% de todos os óbitos registrados. As mortes superam em 23,4% o número de vítimas no mesmo período do ano passado, quando 337 motociclistas morreram em sinistros de trânsito.

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