Com informações do Portal ES 360
Câmeras começam a ser usadas por policiais no ES.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) confirmou que os policiais do Espírito Santo começarão a utilizar câmeras nos uniformes até o fim de fevereiro.
A necessidade do uso de câmeras de videomonitoramento nos fardamentos dos policiais, um recurso já adotado pelos agentes que atuam no sistema penitenciário capixaba, já estava prevista no cronograma da pasta, mas voltou a ser discutida nos últimos dias após a repercussão negativa da morte do jovem Danilo Lipaus Matos, em Colatina, durante uma operação da Polícia Militar.
Na abordagem, mais de 40 tiros foram disparados contra o carro em que a vítima estava e ao menos cinco disparos atingiram o rapaz. O caso está sendo investigado pela Corregedoria da Polícia Militar e os policiais envolvidos no caso foram afastados.
Segundo a Sesp, a expectativa é de que até o fim do mês, 200 câmeras começarão a ser utilizadas nas ruas e o número deve ser ampliado até o final do ano.
Testes e treinamento
O projeto de instalação das bodycams começou como piloto no ano passado, em unidades da Polícia Militar, como o Batalhão de Trânsito e a 12ª Cia Independente, em Jardim Camburi.
Nessa fase inicial, a implementação das câmeras foi restrita ao ambiente interno das unidades, sem que os policiais saíssem às ruas com os equipamentos. O objetivo era testar a viabilidade do sistema de monitoramento antes de sua adoção definitiva.
“É importante ressaltar que os estudos prévios são fundamentais, pois avaliam a integração das câmeras com os sistemas do Ciodes e das bases operacionais das forças de segurança, além de garantir a compatibilidade com o ecossistema tecnológico atual, que envolve comunicação via rádio, reconhecimento facial, entre outros”, explica a secretaria em nota.
Além disso, os protocolos padrão para o uso dos equipamentos estão sendo finalizados, e a Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) conduz um estudo que definirá como as imagens serão analisadas para fins de investigação criminal.
“O Grupo de Trabalho responsável pelo projeto-piloto tem até o início de maio para concluir o estudo que servirá de base para as próximas aquisições, definindo a melhor forma de aquisição dos equipamentos, seja por compra ou locação, além de determinar a quantidade de câmeras necessárias para atender o efetivo das forças de segurança”, conclui a pasta.